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Bandeira
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Lema: Ti Shqipëri më jep nder, më jep emrin shqipëtar!
(Tu, Albânia, me deste honra, me deste o nome Albanês).
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A Albânia (em albanês: Shqipëri/Shqipëria), oficialmente República da Albânia (em albanês: Republika e Shqipërisë), é um pequeno país montanhoso da península Balcânica, no sudeste da Europa.
É um pouco maior que Alagoas, com uma população um pouco menor que este estado brasileiro.
A Albânia ocupa uma superfície de 28 748 km².
Situada na borda oriental da península Balcânica, limita-se ao norte com o Montenegro, a nordeste com o Kosovo, a leste com Macedônia e Grécia e ao sul e oeste com o Mar Adriático, do outro lado do qual se encontra a Itália.
A língua oficial é o albanês.
A Albânia é um dos países mais pobres da Europa.
Cerca de metade dos seus habitantes são camponeses que mal conseguem retirar seu sustento do solo.
O país tem uma indústria pouco desenvolvida, e na Albânia inteira existem aproximante 120 mil automóveis.
A Albânia tem sido uma nação comunista da Segunda Guerra Mundial até 1992.
Todavia, rompeu relações com a ex-União Soviética em 1961, e aliou-se à China.
O rompimento com a União Soviética separou a Albânia dos contatos com a maioria dos outros países.
Poucos visitantes estrangeiros têm permissão de entrar na Albânia.
A partir de 1978, as relações com a China ficaram estremecidas.
A Albânia fez parte do Império Otomano por mais de 400 anos.
Conquistou sua independência em 1912.
Seu nome em albanês é Shqipëria, que significa A Terra da Águia.
O nome oficial da Albânia é Republica e Shqipërisë (República da Albânia).
Tirana, com cerca de 343 078 habitantes é a capital e cidade mais populosa.
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Brasão de armas
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Etimologia
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O nome Albânia, do grego Albanía e do latim Albania, aparece pela primeira vez em Ptolomeu (c. 90 - Canopo c. 168) referido ao país abaixo considerado (como região da Ásia Menor, à margem do Cáspio, já aparece em Plínio [23-79], ademais do fato de que os gentílicos latinos albanenses, albaniaci, albanienses e albani signifiquem, em diferentes situações textuais dos clássicos latinos, os habitantes das duas Albãnias acima referidas e ainda da Alba Longa, perto do Lácio, e duma Albânia na Tarraconense).
A Albânia de que se trata neste verbete parece ter o nome formado de uma raiz céltica alp, "altura", de que o vocábulo Alpes é cognato.
Os albaneses a si mesmos se chamam skipetars, "moradores de terras altas".
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Um postal retratando Tirana em 1902.
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História da Albânia
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O nome Albânia deriva de uma tribo, os Albanoi, antepassados dos Albaneses atuais.
Shqiperia é o nome do país em albanês.
A Albânia tem origem no antigo Reino da Ilíria. Conquistada pelos romanos em 168 a.C., é incorporada ao Império Bizantino em 395.
No século XV cai em poder dos turcos otomanos, que convertem a população ao islamismo e adotam uma política despótica, despertando o nacionalismo albanês, duramente reprimido.
Antes do Século XX, a Albânia foi sempre dominada por estrangeiros, excepto entre 1443 e 1478, durante a revolta contra o Império Otomano.
A Albânia declarou sua independência durante a Primeira Guerra dos Bálcãs, em 1912 e permaneceu independente após a Primeira Grande Guerra em grande parte devido à intervenção do Presidente Americano Woodrow Wilson na Conferência de Paz de Paris (1919).
Em 1939, a Itália, sob comando de Benito Mussolini, anexa a Albânia.
Com o render das tropas italianas em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, tropas germânicas ocuparam o país. Guerrilheiros, incluindo os da comunista Frente Libertação Nacional (FLN), ganharam o controlo em 1944, após a retirada dos alemães.
Desde a intervenção dos comunistas da Jugoslávia na criação do Partido Comunista Albanês do Operariado em Novembro de 1941, o regime da FLN, liderado por Enver Hoxha, tornou-se num satélite virtual juguslavo até ao rompimento entre Tito e Stalin em 1948.
Consequentimente, o comunismo linha-dura começou a ter dificuldades crescentes com a União Soviética sob o comando de Nikita Khrushchov, tendo seu ápice em 1961 quando os líderes soviéticos abertamente denunciaram a Albânia em um congresso de partido
Os dois estados quebraram relações diplomáticas naquele ano; entretanto, a Albânia continuou membro nominal do Pacto de Varsóvia até a invasão da Checoslováquia em 1968.
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Declaração da Independência, em 28 de Novembro de 1912 em Vlora
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Em 1945, uma missão não oficial dos Estados Unidos foi enviada à Albânia para estudar a possibilidade de estabelecer relações com o regime.
Entretanto, o regime negou-se a reconhecer a validade dos tratados pré-guerra, aumentando as hostilidades com a missão americana até a sua retirada em novembro de 1946.
O governo dos EUA não manteve contato com o governo da Albânia entre 1946 e 1990.
Durante os anos 1960, a República Popular da China emergiu como leal aliada da Albânia e fonte primária de assistência econômica e militar. Entretanto, esse relacionamento próximo caiu em 1970, quando a China decidiu introduzir algumas reformas de mercado e procurar uma reaproximação com os EUA.
Depois de anos de relações sólidas, a ruptura aberta veio em 1978, quando o governo chinês terminou seu programa de ajuda e cortou todo o comércio.
O embargo econômico de outros países resultou na ruína financeira para a Albânia.
Por volta de 1990, mudanças em todos os lugares do bloco comunista começaram a influenciar o pensamento na Albânia.
O governo começou a procurar laços com o Ocidente para melhorar as condições econômicas no país.
A Assembléia do Povo aprovou uma constituição interina em abril de 1991.
Governos de curta duração.
Introduziram reformas democráticas iniciais no decorrer de 1991.
Em 1992, o vitorioso Partido Democrata sob o governo do presidente Sali Berisha começou um programa mais deliberado de reformas econômicas e democráticas.
O progresso parou em 1995, resultando em um declínio da confiança pública no governo e uma crise econômica encorajou a proliferação e colapso de muitos esquemas financeiros.
A crise de autoridade no começo de 1997 alarmou o mundo, trazendo intensa mediação e pressão internacionais.
Eleições antecipadas realizadas em junho de 1997 trouxeram à vitória uma coalizão de partidos liderados por socialistas.
Os observadores internacionais julgaram as eleições legislativas em 2001 aceitáveis e um passo em direção ao desenvolvimento democrático, mas identificaram sérias deficiências que devem ser sanadas com reformas no código eleitoral albanês. Em 2009, a Albânia (juntamente com a Croácia), tornaram-se membros da OTAN.
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Pré-história
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Os Ilírios surgem da presença Indo-Europeia do lado oeste dos balcãs.
A sua formação pode ser assumida como coincidente com o início da Idade do Ferro nos Balcãs, no primeiro milénio antes de Cristo.2
Os arqueologistas associam os Ilírios com a cultura Hallstatt, um povo da Idade do Ferro conhecida pela sua produção de ferro, espadas em bronze com punhos em forma de asas, e pela domesticação de cavalos. É importante delinear as tribos Ilírias do Pelo-Balcãs no sentido estrito linguístico, mas áreas incluídas sob os "Ilírios" da Idade do Ferro nos Balcãs incluem a área dos rios Sava, Danúbio e o Morava até ao Mar Adriático e as Montanhas Shar.
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Butrint, Zona de Herança Mundial pela UNESCO.
Créditos da Imagem: Marc Morell
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Antiguidade
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Colónias gregas
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Com início no Século VII a.C. foram estabelecidas colónias na costa Ilíria, sendo as mais importantes as colónias de Apollonia, Avlona (atualmente Vlorë), Epidamnos (atualmente Durrës), e Lissus (atualmente Lezhë). A redescoberta da cidade Grega de Bthrotum (actualmente Butrint) é provavelmente mais significativo hoje em dia do que quando Júlio César a utilizou como depósito de provisões para as suas tropas durante as suas campanhas no Século I a.C..
Na época não era um local importante, na sombra dde Apollonia e epidamnos.
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Ilírios
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Na antiguidade, o território da Albânia era sobretudo habitado por povos Ilírios, que, tal como outros povos antigos, estavam subdivididos em tribos e clãs.
A região encontrava-se igualmente habitada por Bryges,6 e por Chaones, um povo grego da antiguidade.
No Século IV a.C. o rei Ilírio Bardyllis uniu várias tribos Ilírias e entrou em conflito com os macedónios a sudeste, mas foi derrotado. Bardyllis foi sucedido por Grabos e depois por Bardyllis II, e depois por Cleitus o Ilírio, que foi derrotado por Alexandre o Grande.
Em 229 a.C., a Rainha Teuta9 dos Ardiaei enfrentou os Romanos, iniciando as Guerras Ilírias que resultaram em derrota e no fim da independência Ilíria (por volta de 168 a.C.), quando o Rei Gentius foi derrotado por um exército Romano.
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Invasões
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Dos séculos III ao V, a região foi assolada por sucessivas invasões bárbaras, sobretudo de visigodos e hunos. Nos séculos VI e VII. chegaram os eslavos, que, em cem anos, conseguiram transformar completamente a etnia do país.
As populações primitivas refugiaram-se nas montanhas mais inacessíveis e os albaneses de hoje são descendentes diretos desses poucos remanescentes, que guardaram a pureza da língua ilíria, de tronco indo-europeu.
O país permaneceu, todavia, sob domínio bizantino até o século IX. Foi conquistado, então (c. 870 d.C.), pelos búlgaros. Em 1018, foi reconquistado pelos bizantinos (Basílio II).
Nos séculos XI e XII, amiudaram-se as invasões normandas, encabeçadas por Robert Guiscard e por seu filho Bohemond. Robert tomou Durrés (Durazzo) em 1082, vencendo a resistência do imperador Aleixo I Comneno.
O nome Albânia reaparece então no relato que fez sua filha, Ana Comnena, sobre o episódio.
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Despotato do Epiro
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O cisma religioso do ano 1054 colocou certas áreas do norte sob a influência da Igreja romana.
Os senhores feudais da região ganharam, assim, mais um elemento de diversidade em que basear suas reivindicações de autonomia.
A queda de Constantinopla na IV cruzada e a desaparição dos comnenos, cujo império foi tragado pelo latino do Oriente, levaram à criação na Albânia de principados independentes.
O mais importante foi o do Epiro, fundado (1204) por Miguel Anjo Comneno, que compreendia não só o território do antigo Epiro de Pirro, mas quase toda a atual Albânia e algumas áreas circunvizinhas.
Seu sucessor. Tomás Anjo Comneno. destronou o imperador latino, legitimamente eleito, Pedro de Courtenay: capturou-o quando se ia a caminho de Constantinopla para a sua sagração; e-fez-se coroar em Salonica.
Mas foi derrotado logo em seguida, também no caminho de Constantinopla, por Ivan Asen II rei da Bulgária.
O perdido despotato foi reconstituído depois da morte de Ivan por Miguel II Anjo, mas teve vida efêmera. Em 1264, Miguel VIII Paleólogo reincorporou-o ao Império Bizantino.
Desde 1261, toda a região era reclamada por Carlos I d'Anjou, irmão de são Luís e rei de Nápoles.
Em 1269, instalou-se em Vlorë.
Em 1272, proclamou-se rei da Albânia. Foi o primeiro a assumir tal título.
No século XIV. o país caiu sob o domínio dos sérvios e se integrou no império de Estêvão IX Uros Dusan. À sua morte (1355), a Albânia fragmentou-se mais uma vez.
Dos pequenos reinos então formados, os mais importantes parecem ter sido os de Thopia, Blasha e Shpta. Suas lutas internas e rivalidades com Veneza levaram à intervenção dos turcos, inimigos dos venezianos.
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Os turcos
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Os excessos da ocupação otomana provocaram revoltas esporádicas e locais.
A aparição de um chefe carismático - George Kastrioti Skanderbeg - canalizou a insatisfação popular numa verdadeira guerra santa contra o Crescente.
O papa Pio II, Piccolornini, fez apelos em favor dos albaneses junto aos reis da cristandade e pregou uma nova cruzada.
Mas a falta geral de entusiasmo pela ideia, evidente no congresso de Mântua (1450), abortou o projeto.
A oportunidade para a sublevação nacional foi a guerra turco-húngara de 1443. Murad II, de quem Skanderbeg fora ironicamente o favorito, enviou contra ele o seu melhor general. Batidos na fronteira, os turcos acabaram por firmar uma trégua (1461).
Teve curta duração. Em 1466 e 1467, os turcos voltaram e por duas vezes puseram sítio a Croia (Kruja), Da primeira, o próprio sultão, já a essa altura Maomé II, comandou o ataque, com 200 mil homens.
A praça resistiu.17
Skanderbeg (tratado de Gaeta, 1451) tinha assinado uma aliança de assalagem com Afonso I de Nápoles, V de Aragão.
Não estava completamente só.
E, enquanto foi vivo, a Porta não conquistou a Albânia. Morto em 1468, invicto mas velho e doente, o domínio otomano se estendeu rapidamente sobre todo o pais.
Foi uma dominação cruel.
Os séculos XVI e XVII viram a conversão das populações terrorizadas ao islã, o recrutamento forçado para os exércitos do sultão, a emigração em massa para a Sicília e a Calábria.
Os antigos principados autônomos foram submetidos a paxás e esses muitas vezes usaram em seu proveito a revolta larvada da população local. Vários deles tentaram fazer-se independentes.
A morte de Skanderbeg tivera outra conseqüência: a expansão das possessões venezianas. Veneza, que já era senhora, desde o século XV, de Durres e Scutari, anexou, então, a maior parte do principado de Croia (Kruja).
Agora, com a chegada dos turcos, foi obrigada a ceder-lhes tudo: primeiro, Scutari e Kruja, depois Durrés (1502).
Sob ocupação turca, a Albãnia conheceu um longo peno do de estagnação.
A administração apoiou-se de início numa rede de feudos militares, não hereditários. mas aos poucos deixou-se envolver pelos grandes proprietários fundiários. de que passou a depender e cuja riqueza passava de pai para filho, O que eternizava o sistema.
Só no século XVIII o país começou a sair da imobilidade.
Houve um surto de atividade econômica, embora fraco, e alguns principados conheceram certo florescimento.
O mais notável foi o de Janina, nas montanhas do sul, onde Ali paxá de Tebelen, que se fizera senhor do Epiro, construiu estradas e promoveu a indústria.
O sultão marchou contra ele em 1813.
O cerco de Janina durou dois anos (1820-1822) e poderia ter durado mais, se Ali não fosse assassinado a traição durante uma conferência com Kurshid paxá, comandante das forças da Porta.
Em 1830 houve o massacre de Monastir; em 1831, a tomada de Shkodér, que fora sede, até 1796, do paxá Karamahmut; em 1839, as reformas chamadas de Tanzimat, que instalaram um novo modelo de administração; em 1847, a revolta geral dos albaneses contra os turcos.
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