segunda-feira, 10 de junho de 2013

Albânia ( Parte 2 )

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Presidente e Rei Zog da Albânia.
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O movimento de independência 
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O Congresso de Berlim (1877-1878), que mudou a face da Europa. deu terras da Albânia ao vizinho Montenegro. Com o assentimento dos turcos, os albaneses formaram urna liga (de Prizren) contra a espoliação, as potências puseram navios no Adriático em apoio do Montenegro. 
Reconhecendo, tardiamente, que a luta era, no fundo, pela independência, os turcos apoiaram a esquadra, e os albaneses perderam os portos de Antivardi e Dulcigno.
O movimento nativista procurou, então, outros caminhos. 
Fundaram-se escolas para a difusão da língua, editaram-se livros, e veio a lume o primeiro jornal, Drita.
 Mas a liga de Prizren teve de ser dissolvida. 
A revolução dos jovens Turco (1908) deu novo ânimo aos patriotas, que passaram a reclamar uma Albânia autônoma no seio do império.
As guerras balcânicas de 1912 punham em perigo o território nacional que a Porta já não tinha condições de defender e que era cobiçado por montenegrinos. sérvios e gregos. 
O velho diplomata Ismail Kemal Vlórë, depois de assegurar apoio das capitais europeias, proclamou a independência (28 de novembro de 1912) em Vlorë foi escolhido para encabeçar o governo provisório.
A Conferência de Londres de 1913 reconheceu o fato e pôs a Albânia neutra sob a proteção das grandes potências. Kossovo ficou, todavia, com a Sérvia, embora tivesse uma população de 800 mil albaneses.
 A fronteira com a Grécia foi determinada por um protocolo posterior, de Florença (1913).
As potências indicaram Guilherme de Wied, príncipe renano, como rei da Albânia. 
Não conseguiu governar. 
Os gregos tomaram Gjirokaster os montenegrinos Scutári e uma revolta de inspiração turca rebentou em Tirana. 
O soberano, que assumira em março de 1914, retirou-se em 3 de setembro.
 Em agosto tinha começado a Primeira Guerra Mundial. Assediada por todos os lados, apesar de neutra, a Albânia foi ocupada pelos beligerantes até 1918.
Na Conferência de Paris, o presidente Wilson impediu a partilha do seu território entre os vizinhos, mas só na Conferência dos Embaixadores (1921) foram reconhecidas como válidas as suas fronteiras de 1913. Desde 1920, tinha formado governo próprio, sob Suleiman Delvina, escolhera Tirana para capital e entrara para a Sociedade das Nações. 
As forças de ocupação deixaram, então, o país: primeiro os aliados, franceses e italianos, por fim os iugoslavos.
Não foram fáceis os primeiros anos do após-guerra. A única figura notável é a de Ahmed Zogu, jovem senhor feudal do Mati, chefe do clã dos Zogoli, que se fez ministro do Interior de 1920 a 1922 e primeiro-ministro de 1922 a 1924. 
Uma revolução liberal derrubou-o em junho, mas em dezembro voltava ao país, com recursos e homens reunidos na Iugoslávia.
Aliou a Albânia à Itália por dois tratados (1926- 1927)24 e, um ano mais tarde, passava de presidente da república a rei, como Zog I.25
Sua carreira se confunde, até 1939, com a história da Albânia. Ditador, restabeleceu a ordem, mas governou apoiado na gendarmaria e nos latifundiários. 
A Itália, que investira grandes capitais no país, fundara e financiara o banco nacional da Albânia (1925); financiou também a ditadura com empréstimos sucessivos, por motivos políticos. 
Ao fim, Mussolini resolveu intervir. 
Depois de apresentar uma lista de exigências extremas, como a união aduaneira e o estacionamento de forças armadas, invadiu o país na sexta-feira da Paixâo de 1939. 
Zog fugiu e uma assembleia fantoche deu a coroa da Albânia a Vítor Emanuel III.
A ocupação italiana durou de 1939 a 1944. 
O país foi colonizado e adaptado ao modelo fascista. 
Em 1940, serviu de base à conquista italiana da Grécia. 
Em 1941, ao ataque alemão. 
Deu-se nesse ano o atentado de Vasil Laci contra o rei da Itália, em visita oficial.
É que a resistência não esmorecera, apenas se tinha recolhido à clandestinidade. 
Aí formou-se, em 1941, uma Frente Nacional Libertadora, sob chefia comunista (Enver Hoxha). 
Outro grupo, igualmente antifascista e antizoguista. mas não comunista, arregimentou-se, sob a chefia de Midhat Frashcri (Frente Nacional). 
Em 1943, graças aos esforços aliados, os dois movimentos se uniram, num Comitê de Salvação Pública (acordo de Mukaj), que Hoxha abandonou, mais tarde, por influência de Tito. Abas Kupi, até então aliado de Hoxha, separou-se dele e formou um terceiro grupo, antifascista mas zoguista: os legaliteti.
À rendição italiana (1943) seguiu-se a proclamação pela Alemanha da independência da Grande Albânia étnica e a luta pela hegemonia entre os diversos movimentos da resistência.
Hoxha venceu. Em 1944 era fundado um comitê antifascista da revolução nacional. Hoxha tornou-se comandante-chefe do exército clandestino de libertação nacional, que expulsou os remanescentes alemães enquanto o comitê se transformava em governo provisório (1944) e obtinha reconhecimento internacional. Em 1945, as eleições gerais para a assembleia constituinte deram maioria maciça a Hoxha, e o partido comunista assumiu o poder. 
A Albânia voltara às fronteiras de 1913
A reconstrução foi penosa e a repressão interna sem quartel. 
A constituição de 1946 criou a República Popular da Albãnia.
 Dez anos depois, o país era admitido na Organização das Nações Unidas.
 Sua política moldou-se de início à da ex-União Soviética, a ponto de romper com a Iugoslávia em 1948. Mas já em 1961, ao tempo de Khrushchev, rompia com a ex-União Soviética. 
A partir daí, a Albânia seguiu a linha chinesa.
 Em 1968 o país retirou -se do Pacto de Varsóvia,32 ao qual aderira em 1955.
 A hostilidade contra a Iugoslávia permaneceu aguda. 
Em dezembro de 1976 entrou em vigor uma nova constituição que declarava a AIbânia uma República Socialista Popular e reafirmava a política de auto-suficiência.
Em 1978 a Albânia rompeu relações com a China, pondo fim a um longo processo de cooperação que se iniciara em 1963 com uma visita a Tirana do primeiro-ministro Chu En-Lai. 
O rompimento com a China acentuou o isolamento internacional da Albânia, que só voltaria a normalizar suas relações internacionais no final dos anos 80.
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Fonte de Pesquisa:
Créditos da Imagem:
Wikimédia Commons

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